sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma mensagem de esperança

As más notícias sucedem-se no país a um ritmo verdadeiramente desenfreado. É pois legítimo que os portugueses com um mínimo de responsabilidade comecem a ficar profundamente angustiados.

Não obstante, Portugal precisa de sinais e mensagens de esperança, a partir dos bons exemplos que ainda subsistem na economia.

A performance recente do sector metalúrgico e metalomecânico é precisamente um excelente exemplo de excelência em Portugal.

Na verdade, as empresas deste sector não só resistem à crise como até estão a crescer aos mais diversos níveis, tal como resulta nomeadamente do estudo sobre o sector recentemente apresentado em Lisboa

No editorial do “Metal” publicado como suplemento da edição de 29 de Abril do jornal “Vida Económica”, o Presidente da Direcção da AIMMAP fez referência ao estudo em causa, tendo sublinhado que no nosso sector, embora preocupados, não estamos nem queremos estar deprimidos.

Atendendo à relevância do tema, transcreve-se nas linhas subsequentes o texto correspondente ao editorial em causa.

"Combater a depressão

Depois de sucessivos anos de crescente angústia e mal estar, o país entrou agora em depressão.
Descobriu-se que não há dinheiro, não há consumo e não há subsídios nem apoios. Como se isso não bastasse, também ficámos sem governo.
As empresas – as nossas mas igualmente as dos outros sectores -, estão obrigadas a sobreviver neste ambiente de descrença.
E ainda por cima, com os custos energéticos a aumentar, o preço do petróleo a subir, o dólar fraco em relação ao euro e sem acesso a financiamento bancário.
Sem crescimento económico, sem crédito e até mesmo sem governo, parece restar muito pouco às empresas.
Recuso-me porém a encarar o futuro sem esperança.
Como é sabido, no passado dia 5 de Abril, a AIMMAP apresentou publicamente um estudo efectuado sobre o sector metalúrgico e metalomecânico.
O citado estudo evidencia que mesmo neste contexto de crise a generalidade das nossas empresas está a resistir.
Somos o sector que mais exporta, o único que vai criando postos de trabalho e talvez aquele que em Portugal mais se distingue pela aposta em factores de diferenciação e excelência.
Somos igualmente um dos sectores com maior margem de crescimento e progressão.
O sector metalúrgico e metalomecânico tem presente e tem futuro.
Vamos continuar a resistir e até mesmo a crescer.
Bem sei que o futuro não depende só de nós. Mas neste ambiente de dificuldades e até mesmo adversidade é de nós próprios que têm de surgir os primeiros passos.
Com o apoio do CATIM, do CENFIM ou do PRODUTECH, sente a AIMMAP que muito tem feito pelos seus associados. Às vezes com trabalho bem evidente aos olhos de todos, outras vezes com o chamado trabalho invisível, a AIMMAP jamais deixará de estar presente junto dos seus associados no sentido de os ajudar a ultrapassar as dificuldades.
É assim que vamos continuar a ser. Com preocupação mas sem depressão. Com realismo, mas também com esperança.
Aníbal Campos
Presidente da Direcção da AIMMAP"