sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dupla de confiança…

O Presidente da AIMMAP lembra a liberdade e independência do setor para, seja qual for o governo que estiver em funções, criticar o que é mal feito e apoiar as decisões acertadas dos poderes públicos.
É nessa lógica que destaca a crença dos empresários naquilo a que chama de “confiança em dois altos responsáveis do Estado português”: o Governador do Banco de Portugal e o Ministro da Economia.
Relativamente a Carlos Costa, registe-se, entre outros méritos, a atenção que tem dado à economia real, como foi recentemente noticiado no caso do nosso setor.
Quanto a António Pires de Lima, como dizem os empresários, finalmente está alguém no Ministério da Economia que conhece as empresas.
Leia o editorial do Metal de Aníbal Campos para melhor clarificar o porquê da confiança do setor nestes dois pilares da economia portuguesa.

"Dois pilares da confiança
Em muitas mais ocasiões do que aquelas que eu próprio gostaria que acontecessem, tenho utilizado este espaço editorial, na minha qualidade de Presidente da Direção da AIMMAP, para denunciar decisões erradas tomadas pelos poderes públicos.
Independentemente disso, permitam-me que me orgulhe de ter sempre procurado fazer incidir as minhas críticas em questões relacionadas com as políticas implementadas e não com as pessoas responsáveis por tais políticas.
Na AIMMAP há muito que damos provas de não ter medo da verdade. Procuramos ser livres e independentes, criticando o que é mal feito e apoiando o que no nosso entendimento é feito corretamente. E assumimos as nossas posições independentemente do governo que esteja em funções em cada momento.
Ora, é precisamente com essa liberdade e independência que, nesta ocasião, gostaria de sublinhar a confiança que nos merecem dois altos responsáveis do Estado português.
Refiro-me concretamente ao Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e ao Ministro da Economia, António Pires de Lima.
Naturalmente, uma vez mais, o reconhecimento não é necessariamente às pessoas em causa mas antes de mais à forma corajosa e competente com que têm desempenhado as respetivas funções atuais.
Quanto ao Governador do Banco de Portugal, registo com enorme gosto a atenção que o mesmo dedica à economia real. Nunca se confinou aos salões financeiros e procura descer ao chão de fábrica para melhor entender o que se passa no mundo das empresas. Ainda recentemente, conforme foi divulgado na anterior edição do Metal, recebeu de forma magnífica uma delegação da AIMMAP para que o Banco de Portugal pudesse conhecer com maior detalhe o impacto do setor metalúrgico e metalomecânico na economia nacional.
Para além disso, sobre Carlos Costa a melhor palavra de reconhecimento é aquela que tenho ouvido da boca de diversos empresários do nosso setor. Finalmente, podemos dormir descansados porque independentemente dos erros que nunca deixarão de existir, temos a convicção de que o sistema bancário é transparente e credível.
A coragem de Carlos Costa tem a enorme virtualidade de devolver a confiança aos cidadãos em geral e aos empresários em particular. Sabemos que quem tutela e fiscaliza a atividade bancária no país não só está atento ao que se passa como revela determinação para intervir no sentido de corrigir os erros que deteta.
O Governador Carlos Costa, ao longo do tempo que leva de exercício de funções, conseguiu igualmente demonstrar ao povo português que é um verdadeiro pilar da estabilidade.
E finalmente, como o seu passado fazia adivinhar, Carlos Costa tem reiterado no seu cargo atual uma competência profissional verdadeiramente ímpar.
Não temos pois quaisquer dúvidas de que com o atual Governador do Banco de Portugal, a supervisão da atividade bancária está confiada a alguém que é sério, competente e corajoso.
Talvez muitos políticos portugueses tenham dificuldade em entender isso, mas a verdade é que um regulador financeiro com aquelas características é seguramente um catalisador do empreendedorismo e da atividade empresarial.
Quanto ao Ministro da Economia, de igual modo a melhor palavra de apreço pelo seu trabalho é aquela que vou ouvindo a alguns dos meus pares. Finalmente, regressou ao governo alguém que conhece as empresas e se preocupa verdadeiramente com a atividade empresarial.
Num governo como o presente, subordinado a uma verdadeira ditadura dos critérios e interesses do Ministério das Finanças, António Pires de Lima procura centrar a sua ação na identificação dos problemas que afetam as empresas.
Como já tenho ouvido a muitos, António Pires de Lima é acima de tudo o ministro das empresas.
Para além disso, é também um homem sério, competente e corajoso. E é alguém que já deu provas no passado de uma rara competência profissional no domínio da gestão e da política.
Num momento de crise como aquele que vivemos atualmente, não se espera de um Ministro da Economia que consiga inventar soluções mágicas ou milagrosas para os muitos problemas com que nos confrontamos.
Mais do que isso, queremos alguém que nos transmita confiança e que seja advogado das nossas causas mais importantes. E quando isso acontece, a nossa confiança enquanto empresários é indiscutivelmente muito maior.
Atravessamos, sem quaisquer dúvidas, um dos mais complicados períodos da nossa história recente. Temos a consciência de que os obstáculos que se colocam às empresas são por isso muito difíceis de transpor. Mas apesar de tudo a angústia é seguramente muito menor quando sabemos que podemos contar em lugares chave da economia e da sociedade portuguesa com pessoas como Carlos Costa e António Pires de Lima.
Pelo que aqui fica, antes deste período de férias e também de reflexão, a nossa mensagem de esperança e de confiança.
Aníbal Campos
Presidente da Direção da AIMMAP"