quarta-feira, 2 de abril de 2008

A FORÇA DO SECTOR METALÚRGICO E METALOMECÂNICO

Embora, infelizmente, o Estado português insista em não o reconhecer, o sector metalúrgico e metalomecânico é actualmente em Portugal aquele que melhores indicadores revela aos mais variados níveis no contexto da indústria transformadora.

No editorial do jornal “Metal” publicado no passado dia 28 de Março, o Presidente da Direcção da AIMMAP pronunciou-se com grande critério sobre tal assunto.

Atenta a importância do tema, procede-se nas linhas subsequentes à transcrição do supra referido editorial.

"Um sector cada vez mais relevante

Os números oficiais vão sendo cada vez mais significativos quanto à importância do sector metalúrgico e metalomecânico no contexto da economia nacional em geral e da indústria transformadora portuguesa em particular.

Há alguns dados que importa que nos habituemos fixar e que saibamos esgrimir aos mais diversos níveis.

Em primeiro lugar, o facto de este sector ser actualmente o único em Portugal que pode ser considerado como criador líquido de emprego, ou seja, em que o número de postos de trabalho criados é superior ao de postos de trabalho extintos.

Em segundo lugar, a circunstância de este ser igualmente o sector que mais e melhor investimento tem gerado, com a constituição de novas empresas, a construção de novas unidades industriais, a ampliação e melhoramento de estabelecimentos fabris e mesmo a compra de empresas já em actividade por industriais portugueses e/ou estrangeiros.

Em terceiro lugar, o facto de este ser o sector que mais tem contribuído para o aumento das exportações nacionais.

Acresce que estes excelentes indicadores são acompanhados e consolidados por performances igualmente magníficas a outros níveis.

E quanto a isso há que destacar um aumento significativo da taxa de cobertura da formação profissional realizada pelas empresas do sector aos seus colaboradores, uma redução constante da sinistralidade laboral ou uma crescente responsabilidade ambiental com a multiplicação de investimentos nessa área.

Atentos os números e os dados, não podemos ter pudor em afirmar que somos cada vez mais importantes para o país.

Toda a gente sabe disso, mas infelizmente o poder político ainda não se habituou a reconhecê-lo em termos práticos.

Pelo que nos cabe continuar a insistir no sentido de nos ser dado o mérito e a importâncias que nos são devidos.

Temos de ser cada vez mais assertivos nesse combate. E temos de saber exigir cada vez melhor que nos envolvam nos projectos estratégicos da economia portuguesa.

Mas que fique clara uma realidade incontornável. O nosso discurso não é o de pedir ajudas para combater dificuldades. É, sim, o de exigir estímulos no sentido de podermos ajudar o país a ultrapassar as suas próprias dificuldades. Não queremos atenção por estarmos fracos – que não estamos -, mas sim porque somos realmente bons no que fazemos diariamente nas nossas empresas.

António Saraiva

Presidente da Direcção da AIMMAP"



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