sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Associativismo forte em tempo de crise

A AIMMAP tem demonstrado uma grande vitalidade, a qual se evidencia nomeadamente pelo facto de, mesmo em tempo de crise, estar a conseguir manter ou mesmo aumentar o número de associados.

Significa o exposto que, no entendimento geral, a AIMMAP está a trabalhar bem e a cumprir aquilo que lhe compete.

O Presidente da Direcção da AIMMAP abordou esta matéria no editorial da última edição do “Metal”, publicado como suplemento da “Vida Económica” de 19 de Dezembro de 2008.

Nas linhas subsequentes, procede-se à transcrição do supra referido editorial.

"A importância da associação

O ano que agora expira correspondeu infelizmente ao início de um ciclo de crise da economia mundial, a que naturalmente as nossas empresas não foram imunes.
Foi pois um ano difícil para muitos de nós, ainda por cima com a perspectiva de que o próximo poderá ser pior.
Ora, é precisamente nos momentos mais difíceis para as empresas que as associações que as representam devem mostrar aquilo que valem.
Enquanto Presidente da Direcção da AIMMAP é-me particularmente grato sublinhar que esta associação, no momento de crise em que actualmente vivemos, está a saber corresponder às expectativas das muitas empresas que nela têm confiado.
Não quero agora ser fastidioso na enumeração das muitas iniciativas que a AIMMAP promoveu ao longo do ano em prol das suas empresas, até porque isso será detalhadamente tratado no Relatório de Actividades que muito em breve será distribuído aos associados. Mas também seria excesso de pudor que me coibisse de assinalar algumas delas. Assim quero agora relembrar que:
  • Contribuímos decisivamente para que as PME passassem enfim a estar no centro da agenda política em Portugal;
  • Lutámos com afinco no sentido de que o Estado português viesse finalmente a assumir o compromisso de pagar o que deve às empresas;
  • Combatemos com sucesso vários excessos da administração fiscal;
  • Soubemos ajudar a integrar no texto aprovado para o novo Código do Trabalho algumas soluções de vital importância para a contratação colectiva no sector;
  • Apoiámos a CIP na defesa dos legítimos interesses das empresas no processo negocial que veio a redundar na aprovação do atrás citado Código;
  • Interviemos com sucesso na defesa da transparência no negócio das matérias-primas;
  • Contribuímos decisivamente para a internacionalização de muitas empresas do sector;
  • Tivemos responsabilidade directa no aumento das exportações das empresas portuguesas deste sector;
  • Promovemos a cooperação efectiva das empresas em muitos subsectores;
  • Fomos parte activa na constituição de uma nova associação de promoção dos produtores de tecnologias e da articulação destes com as empresas utilizadoras dessas mesmas tecnologias;
  • Fomos céleres e mesmo pioneiros na realização de sessões de informação aos associados em áreas vitais para estes, tais como, entre muitas outras, a nova legislação laboral em geral, o “lay-off”, o REACH ou as estratégias de internacionalização;
  • Fizemos sempre ouvir a nossa voz junto da opinião pública através de uma política de comunicação assertiva e eficaz, no âmbito dos mais diversos assuntos com impacto na vida das empresas;
  • Soubemos transmitir contributos importantes aos órgãos de soberania e outras instituições públicas, sempre que esteve em causa o interesse do sector;
  • Combatemos com sucesso os desmandos e iniquidades de várias autoridades inspectivas, seja em termos gerais seja em casos específicos em que as nossas empresas se viram envolvidas;
  • Temos a consciência de que contribuímos decisivamente em muitos casos concretos para um melhor diálogo entre as empresas e a administração pública;
  • Ajudámos a que muitos dos nossos subsectores se conhecessem melhor;
  • Fomos um importante suporte do excelente trabalho desenvolvido pelo CATIM, pelo CENFIM e pela ESTEM;
  • Tivemos acção decisiva no abaixamento dos custos inerentes ao acesso pelas empresas a factores de diferenciação;
  • Contribuímos para o aumento do número de empresas e produtos certificados neste sector;
  • Somos responsáveis por um crescimento da importância da propriedade industrial nas nossas empresas, com um aumento de marcas e de patentes no seu seio;
  • E consolidámos a nossa imagem de marca, ao prestar directa e personalizadamente aos associados, ao longo de todo o ano, milhares de informações técnicas em inúmeros domínios, como, nomeadamente, a legislação laboral, a fiscalidade, o ambiente, a certificação, a propriedade industrial ou a formação profissional.
Todo o trabalho atrás referido teve uma consequência que é simultaneamente um indicador. Com efeito, apesar da crise e das dificuldades sentidas pelas empresas, a AIMMAP aumentou em 2008 o número dos seus associados.
Não conheço o que se passa em outras associações. Mas não tenho dúvidas em atrever-me a estimar que o crescimento da AIMMAP será provavelmente um caso isolado.
Agradeço pois a confiança que os nossos associados depositaram em nós. E permitam-me que reitere o nosso orgulho pelo facto de termos estado à altura.
No ano que agora iremos iniciar, tal como acima referi, as perspectivas não são nada optimistas para o funcionamento da economia portuguesa.
Esperamos sinceramente continuar a corresponder às expectativas das nossas empresas. Vamos continuar a fazer tudo o que podemos e sabemos no sentido de as ajudar a combater os efeitos da crise.
Mas independentemente de tudo, é fundamental que tenhamos a consciência plena de que os combates que se avizinham só serão ganhos se todos soubermos dar o nosso contributo. Apenas conseguiremos vencê-los se estivermos cada vez mais coesos. E essa coesão será seguramente a razão da nossa força.
Um feliz ano de 2009 para todos os empresários, gestores e colaboradores das nossas empresas."

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